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Lasar Segall


O Relatório de Atividades da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), edição de 2007, homenageia o artista Lasar Segall, um dos maiores nomes da arte moderna brasileira. Todas as obras reproduzidas no volume são de sua autoria e pertence ao acervo do Museu Lasar Segall e de outras instituições brasileiras.

Lasar Segall nasce em 1891, em Vilna, capital da Lituânia, nesta época parte do império de Nicolau II, o último czar da Rússia. É o sexto dos oitos filhos se um escriba da Tora - o texto sagrado dos judeus -, cujos traços, de precisão religiosa, teriam forte influência no desenho expressivo de Segall.

Em 1906, aos quinze anos de idade, inicia sua formação artística na Alemanha, feqüentando as Academias de Berlim e Dresden, cidade para onde se transfere em 1910. Participa, na Alemanha, de importantes mostras coletivas, como a Exposição Internacional de Arte de Düsseldorf, em 1922, e faz exposições individuais importantes.

Inicialmente influenciado pelo impressionismo social de Max Liebermann, principal expoente da Secessão Berlinense, Segall se aproxima depois dos expressionistas, com os quais se identifica na busca por uma expressão "interiormente verdadeira". Sua produção desse período - desenhos, gravuras, aquarelas e pinturas a óleo sobre tela - surge impregnada do profundo humanismo de origem estava que seria característico de toda sua obra futura.

No final de 1923, Segall emigra para o Brasil. Ao chegar a São Paulo, é recebido com entusiasmo pelos modernistas, entre eles Mário de Andrade. Em 1925, casa-se com Jenny Klabin Segall e em 1927 naturaliza-se brasileiro. Retorna à Europa em 1928, vivendo em Paris por quatro anos, época em que produz várias pinturas inspiradas em temas brasileiros e as séries de gravuras Emigrantes e Mangue. Volta ao Brasil em 1932, instalando-se na Rua Afonso Celso, na casa projetada pelo arquiteto modernista Gregori Warchavchik, ao lado da qual ergue seu ateliê.


Vera D'Horta


Apresentação