Releases

Ciclo ILP-FAPESP discute Envelhecimento e Qualidade de Vida

Segundo projeções do IBGE, em duas décadas, haverá mais idosos do que crianças no país. Em 2060, 25,5% dos brasileiros terão mais de 65 anos. Esse cenário impõe políticas públicas apropriadas que garantam uma melhor qualidade de vida para os idosos. Diferentes áreas de conhecimento apresentam visões complementares sobre como essa faixa da população pode viver de forma mais ativa e produtiva e ser menos dependente do poder público e de seus familiares.

“Envelhecimento e Qualidade de Vida ” é o tema do próximo Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Resultado de uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, o evento acontecerá no próximo dia 30, das 15h às 17h, na Assembleia Legislativa de São Paulo, e contará com a participação de quatro palestrantes.

São Paulo, a sétima maior cidade do mundo, conta com mais de 1,700 milhão de idosos. O município é um dos sete centros urbanos que participam do Estudo SABE - Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, iniciado no ano 2000 por uma iniciativa da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). A pesquisadora Yeda Aparecida de Oliveira, da Faculdade de Saúde Pública da USP e coordenadora do SABE, apresentará as informações atualizadas pelo último levantamento realizado no período 2015-217 na região. Os dados levantados pelo estudo permitem conhecer as condições de vida e a saúde desse grupo etário. “Sabendo quais são as demandas pode-se contribuir com o reordenamento das políticas públicas, especialmente no que diz respeito à legislação e à criação de serviços”, diz.

Aproximadamente 10% dos idosos têm depressão. A pesquisadora Marcia Scazufca, da Faculdade de Medicina da USP, coordena um estudo realizado em parceria com King’s College London, do Reino Unido, desenhado para testar o custo-benefício de um programa de atendimento para idosos com depressão, o PROACTIVE, no Sistema Únicos de Saúde (SUS). A pesquisa científica está sendo realizada com 1.440 idosos de Guarulhos que tem a doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os idosos com depressão sejam identificados e tratados na atenção primária, que é a porta de entrada para o sistema de saúde. “Modelos de cuidados colaborativos, onde profissionais da atenção primária trabalham juntos para oferecer o melhor atendimento possível para idosos com depressão, foram testados com sucesso em países ricos”, diz. “Caso os resultados do estudo em andamento sejam positivos, o PROACTIVE poderá ser implementado rapidamente no Estado de São Paulo e em todo o Brasil”.

Victor Dourado, do Instituto de Saúde e Sociedade/Unifesp, participa junto com pesquisadores de três universidades holandesas do desenvolvimento do aplicativo de atividade física Playful Active Urban Living (PAUL) para telefones celulares. Na sua palestra, Dourado apresentará as características que devem ser levadas em conta para o desenvolvimento de aplicativos voltados ao envelhecimento saudável. O pesquisador também falará sobre os limites das pesquisas convencionais e quais são as abordagens mais apropriadas para esse fim. Uma das preocupações do grupo foi considerar as características sociodemográficas, culturais e comportamentais dos usuários.

A pesquisadora Maria Helena Villas Boas Concone, da Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP, apresentará a sua visão sobre o tema da velhice. Ela destacará a importância de se considerar que as pessoas reagem de forma diferente a essa etapa da vida e, portanto, apresentam demandas diferentes.

Evento: Envelhecimento e qualidade de vida
Data: 30 de setembro
Local: Auditório Paulo Kobayashi
Horário : das 15h às 17h
Inscrições : https://www.al.sp.gov.br/ilp/detalheAtividade.jsp?id=5347 (inscrição gratuita com vagas limitadas)

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

João Carlos da Silva / jsilva@fapesp.br / 11 3838 4381

Heloisa Reinert / hreinert@fapesp.br / 11 3838 4151


Página atualizada em 26/09/2019 - Publicada em 25/09/2019